No ano passado, o Google lançou o recurso chamado Google AI Overviews — um bloco de resumo gerado por inteligência artificial que aparece no topo de grande parte das páginas de busca. Essa funcionalidade aumentou nradicamente nos últimos doiis core updates do Google e já está disponível em mais de 70% das pesquisas feitas pelos usuários. Recentemente, diversos veículos digitais começaram a atribuir a queda no tráfego de seus sites a esse novo modelo de resposta direta do Google. A crítica é clara: em vez de clicar em links e visitar os sites originais, muitos usuários estão se contentando apenas com os resumos da IA — o que reduz drasticamente o número de acessos. O Pew Research Center realizou um experimento e analisou o comportamento de 900 adultos dos EUA em março de 2025. Foram 68.879 buscas, das quais 18% exibiram AI Overviews — resumos gerados por inteligência artificial — no topo da página. Os resutlados foram: Usuários clicam em links tradicionais apenas em 8% das buscas com IA, contra 15% sem IA. Um corte de quase 50% nos cliques. Links dentro dos resumos têm adesão ainda menor: apenas 1% de clique. Além disso, visitantes abandonam a busca em 26% dos casos com IA, contra 16% sem. Como a Pew Research Center fez o levantamento? O estudo do Pew Research Center teve como objetivo entender melhor como os resumos gerados por inteligência artificial (os chamados AI Overviews) aparecem nos resultados de busca do Google — e como os usuários interagem com eles. Para isso, o Pew analisou os dados reais de navegação de 900 adultos norte-americanos, todos participantes do painel digital KnowledgePanel, que concordaram voluntariamente em instalar um aplicativo que registra sua atividade online durante o mês de março de 2025. Cada participante teve seu histórico de navegação capturado entre os dias 1º e 31 de março de 2025. Isso permitiu à equipe de pesquisa observar: As buscas realizadas no Google. Os termos digitados. Os resultados apresentados. E principalmente: o que cada pessoa fez depois de realizar uma busca. Para cada busca feita no Google, os pesquisadores utilizaram um serviço externo de raspagem de dados (web scraping) para simular a mesma consulta e capturar o que aparecia na primeira página de resultados — incluindo: Resultados tradicionais (links e snippets) Texto dos resumos com IA (se presentes) Até três URLs de fontes citadas nesses resumos Essa coleta foi feita entre os dias 7 e 17 de abril de 2025, e reflete a versão dos resumos visível naquele período. Vale lembrar que os AI Overviews são dinâmicos e podem mudar com o tempo. O conjunto de dados inclui: 68.879 buscas únicas no Google Das quais 12.593 continham um resumo com IA Importante: A análise se restringe ao Google porque as limitações técnicas impediram a detecção confiável dos AI Overviews em outros buscadores. Como foi analisado o comportamento dos usuários? Para saber o que cada usuário fez após realizar uma busca, cruzaram os horários e URLs acessados logo depois de cada pesquisa. As ações foram classificadas em quatro categorias: Comportamento do usuárioDefiniçãoClique em link (IA ou tradicional)Quando o próximo link acessado aparecia nos resultados da busca ou dentro do resumo com IAContinuar pesquisando no GoogleQuando o usuário fazia uma nova busca logo em seguidaSair do Google e navegar em outro siteQuando a próxima URL não era nem Google nem link citadoEncerrar a sessão de navegaçãoQuando o navegador era fechado ou ficava inativo por mais de 5 segundos Esse rigor metodológico permitiu entender não só o impacto dos AI Overviews, mas como eles estão alterando o comportamento de busca, o funil de cliques e o ecossistema de tráfego orgânico. Consequências para conteúdo e SEO Menor tráfego qualificado: cliques reduzidos em até metade afetam visibilidade, estratégia e monetização principalmente de publishers. Quando o assunto é conversão, a maioria dos sites que negociam produtos e serviços não sentiram oscilações. Maior dependência dos agregadores: plataformas que aparecem nos resumos (Wikipedia, YouTube, Reddit) capturão atenção, enquanto outros perdem espaço. Dificuldade de ranqueamento: mesmo posicionamento 1–3 não garante entrada nos resumos: estudos mostram que 80 % das fontes incluídas não rankeiam organicamente. Pressão sobre publishers: crescem exigências por modelos sustentáveis como assinaturas, micropagamentos e cooperação com reguladores — especialmente na União Europeia. Dicas dos ratos do marketing digital da Pink and Brain O SEO modeno, o tal GEO, AIO, LLMO, como você quiser chamar, merece uma atenção especial. Para quem estava acostumado com tráfego abundante, isso já não é mais realidade. Aposte em etsratégias de autoridade, branding e posicionamento estratégico para os temas valiosos para sua conversão. Algumas dicas de como esturturar seu site nos dias de hoje: Produzir conteúdo realmente original com destaque para insights exclusivos, entrevistas, coberturas — menos suscetível a resumos genéricos. Canais de notícias estão apostando em boletins, newsletters, especiais e temas frescos, onde a AI não consegue chegar. Incluir rich media e dados proprietários, diferenciando-se dos sumarios automáticos. Tabelas, citações, vídeos, gráficos dinâmicos, enquetes, stories, esses não são copiados pelas AI. Inclusive, se você considerar não querer que as AIs vasculhem suas páginas ou diretórios espefícios você pode. Entre em contato para saber como. Monitorar SERPs para entender onde estão perdendo tráfego por aparecerem em resumos ou não. Conteúdos evergreen estão perdendo muito espaço e em contra partida, conteúdos frescos e recentes não. Criar FAQ estratégicos e parcerias para fortalecer relevância e resiliência digital. As AIs adoram esses módulos e apostar neles é sucesso. SEO continua sendo a bola da vez, porém com menos espaço para o Google tradicional e mais espaço para um novo comportamento de pesquisas através de itnerações com a inteligência artificial.