Como o Google avalia sinais de E-E-A-T do seu site (2026)
Entenda como o Google realmente interpreta experiência, expertise, autoridade e confiança, e o que isso significa para o futuro do SEO

Índice
- Entendendo o conceito de E-E-A-T
- Como o Google interpreta qualidade e confiabilidade?
- Os sinais de E-E-A-T que o Google realmente avalia
- Como melhorar E-E-A-T: guia completo e acionável
- Invista em conteúdo de qualidade: o fator que alavanca todo o E-E-A-T
E-E-A-T deixou de ser apenas um conceito teórico dos Quality Raters e se tornou um dos pilares da compreensão algorítmica de qualidade, especialmente depois de sistemas como Content Warehouse, Navboost, SpamBrain e Site Proximity Graph terem sido mencionados em documentos vazados em 2024.
Mas E-E-A-T continua mal interpretado: muitos acham que é possível “ativar” ou “adicionar” E-E-A-T ao conteúdo. Não funciona assim. O Google não lê intenção, lê sinais mensuráveis.
Este guia detalhado mostra como o Google interpreta cada dimensão — Experiência, Expertise, Autoridade e Confiança — e como transformar isso em ações objetivas para melhorar seu SEO, especialmente em sites YMYL (Your Money, Your Life).
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Entendendo o conceito de E-E-A-T
Entendendo o que significa E-E-A-T, sobre o que ele é e (principalmente) sobre o que ele não é, vai nos ajudar a esclarecer os pontos:
E-E-A-T significa
- Experiência (Experience) – vivência prática no tema
- Expertise – conhecimento técnico ou formação
- Autoridade – reconhecimento do mercado
- Trust (Confiança) – precisão, segurança e credibilidade
E-E-A-T não é um fator de ranqueamento isolado. É um modelo de avaliação de qualidade, usado dentro de sistemas maiores que filtram URLs antes de chegar ao ranking final.
Você não pode simplesmente ‘adicionar E-E-A-T’. É algo construído ao longo do tempo.
John Mueller, Google
John Mueller, porta-voz do Google, falou sobre essas percepções equivocadas, e que leva tempo para que um domínio seja de fato uma referência nesses sinais.
Como o Google interpreta qualidade e confiabilidade?
O Google não “lê” credenciais humanas. O algoritmo não sabe o que é um diploma ou um CRM. O que ele entende são padrões, relações, consistência, citações e sinais indiretos.
O processo funciona assim:
- O Google coleta dados de conteúdo, links, entidades, comportamento do usuário e sinais técnicos.
- Classifica páginas com base em qualidade inicial (tiering).
- Elimina conteúdos rasos, duplicados, enganosos ou de baixa confiança.
- Avalia E-E-A-T por nível de site, página e autor.
- Aplica modelos como Navboost para validar (ou invalidar) a qualidade com base em cliques bons vs. ruins.
- Reavalia continuamente com base em histórico de performance, atualizações e reputação.
Os sinais de E-E-A-T que o Google realmente avalia
Embora o Google nunca tenha declarado E-E-A-T como um “fator de ranqueamento”, os documentos internos vazados em 2024 e análises de especialistas mostram que os sistemas do buscador quantificam uma série de sinais que, juntos, constroem a percepção de experiência, especialização, autoridade e confiança.
Esses sinais operam em três níveis simultâneos:
- Nível de site (reputação geral, escopo, histórico)
- Nível de página (qualidade, originalidade, profundidade)
- Nível de autor (identidade, consistência, presença como entidade)
E todos eles são modulados por indicadores comportamentais, como os cliques interpretados pelo sistema Navboost, que mede se usuários interagem positivamente ou negativamente com uma página.
Shaun Anderson sistematizou esses sinais em uma tabela, destacando os “possíveis atributos” — variáveis que o Google parece monitorar para atribuir pontuações internas de qualidade. Embora não haja uma explicação pública para cada métrica, sua função prática pode ser inferida pelo comportamento dos algoritmos.
A seguir, a versão reescrita e aprimorada dessa estrutura:
Resumo dos principais sinais
| Dimensão E-E-A-T | O que significa | Sinais que o Google pode medir | Estratégia prática |
|---|---|---|---|
| Experiência | Vivência prática demonstrada no conteúdo | contentEffort, originalContentScore, isAuthor, lastSignificantUpdate, productReviewPUhqPage, docImages | Criar conteúdo original, com evidências reais, e atualizar de forma significativa |
| Expertise | Conhecimento técnico sobre o tema | siteFocusScore, siteRadius, ugcDiscussionEffortScore, site2vecEmbeddingEncoded, onsiteProminence, EntityAnnotations, YMYL scores | Definir foco editorial, construir clusters temáticos profundos e reforçar entidades |
| Autoridade | Reconhecimento como fonte confiável | siteAuthority, PageRank, authorityPromotion, queriesForWhichOfficial, predictedDefaultNsr | Construir reputação externa e se posicionar como fonte oficial para seus temas |
| Confiança | Credibilidade, precisão e segurança | pandaDemotion, clutterScore, GoodClicks/BadClicks, spamrank, ContentChecksum96, badSslCertificate, scamness | Reduzir ruído, corrigir problemas técnicos, evitar spam e maximizar UX |
A seguir, o aprofundamento de cada tema.
Sinais de Experiência
A dimensão “Experiência” trata da vivência prática refletida no conteúdo. O Google tenta determinar se o autor realmente lidou com o tema no mundo real — algo especialmente relevante para avaliações de produtos, análises técnicas, processos passo a passo e temas YMYL.
Como o Google mede isso?
- contentEffort
Avalia o nível de esforço necessário para produzir aquele conteúdo.
Quanto mais fácil de replicar, menor a pontuação. - originalContentScore
Pontua a originalidade. O Google busca evidências de que o texto acrescenta informações exclusivas — não apenas uma compilação de fontes conhecidas. - isAuthor / author signals
Relacionam conteúdo a um autor identificado. Se aquele autor tem histórico de publicações profundas e consistentes, o sistema tende a interpretar que ele tem experiência real. - lastSignificantUpdate
Registra atualizações realmente substanciais — não a troca artificial da data. - docImages
Imagens originais ajudam o Google a entender que houve interação real com o tema. É por isso que fotos próprias, capturas de tela e gráficos exclusivos têm peso crescente. - productReviewPUhqPage
Um sinal específico para páginas de review: busca por profundidade, detalhes e provas de uso.
Interpretação prática
Conteúdos com alta experiência são:
- difíceis de copiar;
- ricos em detalhes únicos;
- atualizados com frequência real;
- suportados por evidências visuais.
Sinais de Expertise
A expertise trata da profundidade técnica do conteúdo. O Google tenta entender se o site e o autor possuem domínio real do tema — especialmente crítico em tópicos sensíveis (YMYL).
Principais atributos avaliados
- siteFocusScore e siteRadius
Medem a clareza temática do domínio.
Sites generalistas tendem a perder força; sites focados têm vantagem. - site2vecEmbeddingEncoded
Representa o site em forma vetorial, permitindo que o algoritmo compare sua proximidade com temas específicos. É um indicador avançado de especialização. - EntityAnnotations e QBST
Mostram a capacidade do texto de contextualizar entidades relevantes. Quanto mais claro e semanticamente consistente o conteúdo, melhor a pontuação. - onsiteProminence
Quanto mais uma página recebe links internos estratégicos, mais o Google entende que ela é central para determinado assunto. - ugcDiscussionEffortScore
Avalia a profundidade de discussões geradas pelo conteúdo, quando aplicável — importante em sites com fóruns ou comentários relevantes. - YMYL scores (health, news)
Classificam páginas sensíveis e exigem padrões de qualidade mais altos. - geotopicality
Relaciona o conteúdo a regiões ou contextos locais, útil para temas médicos, jurídicos, financeiros e notícias.
Interpretação prática
A expertise é fortalecida por:
- clusters temáticos profundos;
- uso consistente de entidades;
- linkagem interna estratégica;
- coerência editorial ao longo de meses ou anos.
Sinais de Autoridade
A autoridade mede a reputação do site e dos autores no ecossistema digital. Aqui entram sinais clássicos (como backlinks) e sinais que até pouco tempo não eram amplamente conhecidos.
Principais atributos interpretados pelo Google
- siteAuthority e nsrDataProto
Agrupam sinais de reputação geral — links, menções, citações, histórico editorial. - PageRankPerDocData e Homepage_PageRank
Ainda são utilizados, mesmo após anos de especulação.
O PageRank continua sendo um pilar da autoridade. - authorityPromotion e unauthoritativeScore
Modificadores que aumentam ou reduzem o peso de uma página com base em sua qualidade relativa ao tema. - queriesForWhichOfficial
Um dos sinais mais importantes revelados:
O Google tenta identificar para quais consultas o site é considerado uma fonte oficial.
Exemplos:
- A B3 é oficial para dados de ações.
- A Anvisa é oficial para medicamentos.
- Um hospital pode ser oficial para um determinado tratamento.
- Um portal nichado pode ser oficial para um assunto hiper-específico.
É aqui que reside boa parte da força de marca no SEO.
- predictedDefaultNsr
Registra o “histórico de qualidade” do site.
Se um domínio publica conteúdo de alto nível por muito tempo, sua reputação cresce automaticamente. - isLargeChain e siteSiblings
Classificam o tipo de organização — uma rede, um grupo editorial, uma marca consolidada, etc.
Interpretação prática
Para elevar autoridade:
- conquistar menções;
- fortalecer marca;
- estruturar entidades;
- publicar consistentemente;
- gerar conteúdo que seja referência.
Sinais de Confiança
A confiança engloba qualidade editorial, precisão, segurança técnica e comportamento do usuário.
É aqui que muitos sites são penalizados sem perceber.
Principais atributos avaliados
- scaledSelectionTierRank
Um dos primeiros filtros de qualidade. Se a página é ruim, ela nem entra na competição. - pandaDemotion
Sim: o espírito do Panda ainda vive. Páginas rasas, duplicadas ou superfícies de conteúdo são rebaixadas. - GoodClicks / BadClicks (Navboost)
- Se o usuário:
- clica e permanece → sinal positivo
- clica, volta rápido e escolhe outro site → sinal negativo
- Se o usuário:
Esse é um dos mecanismos mais fortes de reforço ou punição.
- clutterScore
Avalia quão “poluída” é a página.
Anúncios excessivos, pop-ups agressivos e blocos desorganizados reduzem confiança. - spamrank, scamness
Detectam padrões suspeitos. - anchorMismatchDemotion
Pune links cujo texto âncora não corresponde ao destino (um problema comum em black hat). - ContentChecksum96
Identifica duplicação de conteúdo — mesmo reescritas superficiais. - badSslCertificate, forwardingdup
Problemas técnicos também afetam confiança. - brickAndMortarStrength / cluster / hours
Sinais que verificam se o site representa um negócio real, com presença física, horário, endereço, etc.
Interpretação prática
Confiança é conquistada por:
- UX limpa;
- ausência de spam;
- conteúdo preciso e verificável;
- arquitetura técnica robusta.
O modelo de E-E-A-T do Google não é abstrato — ele é mensurado, analisado e incorporado diretamente aos sistemas de indexação e ranking.
Os quatro pilares se complementam:
- Experiência mostra vivência real.
- Expertise revela profundidade técnica.
- Autoridade posiciona o site como referência.
- Confiança garante estabilidade, integridade e credibilidade.
Dominar esses sinais é, hoje, a única forma de construir presença sólida no Google — e também nos sistemas de IA que dependem das SERPs para treinar seus modelos de resposta.
Como melhorar E-E-A-T: guia completo e acionável
Aqui está uma versão expandida, muito mais sólida, para usar como blueprint.
Estratégia de conteúdo no nível avançado
1Publique conteúdo que não pode ser replicado
Isso significa:
- tabelas internas
- dados inéditos
- imagens originais
- comparativos feitos pela sua equipe
- análises aprofundadas
- relatos reais
- bastidores
- entrevistas
- estudos de caso
Se qualquer IA consegue produzir algo parecido, seu score de originalidade cai.
Remova conteúdo inútil (Content Pruning REAL)
Conteúdos ruins arrastam o domínio para baixo.
Sites que sobem em 2025 são sites “magros”, limpos, cirúrgicos.
Use estruturas temáticas (Topic Clusters)
Exemplo para “diabetes”:
Pilar: O que é diabetes, sintomas, tipos, riscos.
Clusters:
- Diabetes tipo 1
- Diabetes tipo 2
- Pré-diabetes
- Dietas
- Índice glicêmico
- Exercícios
- Complicações
Quanto melhor a malha interna, maior a expertise percebida.
Estratégia de Autores e Entidades
O Google quer saber quem está falando.
Recomendações:
- crie páginas robustas de autores
- adicione links externos verificados
- repita suas informações estruturadas
- use JSON-LD de Author / Person
- mantenha histórico consistente
Autores genéricos são um problema — e pior ainda são autores que “não existem”.
Estratégia de UX e Confiança Técnica
Melhore:
- velocidade
- estabilidade
- segurança
- navegação
- limpeza visual
- ausência de anúncios intrusivos
Sites que parecem confiáveis são promovidos.
Sites que parecem “spammy” são destruídos.
Estratégia de reputação e marca
Você precisa existir fora do seu site.
Isso inclui:
- citações
- imprensa
- backlinks naturais
- menções de marca
- entrevistas
- participação em podcasts
- publicações acadêmicas
- relatórios de mercado
- presença social estável
A autoridade de marca é, hoje, tão importante quanto backlink.
Invista em conteúdo de qualidade: o fator que alavanca todo o E-E-A-T
O Google tem deixado cada vez mais explícito que seu objetivo é privilegiar conteúdos úteis, isto é, materiais que realmente resolvem dúvidas, aprofundam temas e entregam valor prático ao usuário. Não basta escrever; é preciso ensinar, explicar, contextualizar, comparar, atualizar e orientar.
Um conteúdo de qualidade não é medido apenas pelo tamanho ou pela densidade de palavras-chave, mas pela capacidade de cobrir o tópico com profundidade, de maneira clara, original e alinhada à intenção de busca. Isso exige pesquisa, metodologia editorial e uma compreensão madura do comportamento do usuário.
Contudo, é essencial entender que E-E-A-T não se consolida somente na camada do texto. O Google avalia o site como um todo, o que significa que melhorias isoladas, como atualizar alguns artigos ou incluir dados estruturados em páginas específicas, geram apenas avanços pontuais.
Para que o impacto seja real, é necessário um movimento sistêmico, que envolva:
- arquitetura da informação,
- performance técnica,
- experiência de navegação,
- consistência editorial,
- sinalização de autoria,
- reputação do domínio,
- e coerência temática ao longo do tempo.
Mesmo que E-E-A-T tenha mais relevância em projetos YMYL, suas práticas dialogam diretamente com os pilares de um SEO moderno. Uma boa experiência de página, por exemplo, melhora métricas de engajamento, reduz sinais negativos (como pogo-sticking) e fortalece interpretações de confiança, o que retroalimenta o desempenho orgânico.
Da mesma forma, conteúdo aprofundado, original e útil não apenas favorece o algoritmo tradicional do Google, mas também alimenta sistemas de IA generativa, que usam sinais de credibilidade para selecionar fontes, sintetizar respostas e construir panoramas informativos. Em outras palavras: investir em qualidade editorial hoje é estar presente tanto nas SERPs quanto nos ambientes de resposta automatizada.
Independentemente do nicho, saúde, finanças, tecnologia, educação ou lifestyle, as ações de fortalecimento do E-E-A-T são transversais e beneficiam qualquer estratégia digital. Marcas que priorizam qualidade tendem a ser vistas como referência, receber mais menções espontâneas, conquistar backlinks naturalmente e construir autoridade sustentável.
E, claro, o processo se torna mais eficiente quando realizado com apoio de profissionais especializados em SEO, arquitetura de informação e editorial. O ecossistema de busca evoluiu, e entender o que priorizar, como implementar e como medir impacto exige experiência prática e leitura estratégica. Pequenos erros podem atrasar meses de crescimento; pequenas melhorias, quando feitas no lugar certo, podem transformar completamente a performance do site.
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